4. FUNDAMENTAÇÃO & MODELOGEM

4.1 Sistemas de Gestão de Ordem de Serviço
A gestão de serviços tornou-se fundamental para organizações que buscam colocar em prática informações estratégicas de forma eficiente. Com a globalização dos negócios, diversos setores de serviços vêm buscando melhorias constantes, exigindo maior atenção por parte das organizações e seus colaboradores (FERNANDES; ABREU, 2014).
Segundo Galvão et al. (2018), um software de ordem de serviço web pode gerar diversas informações, agilizando processos de maneira mais organizada e rápida, permitindo cadastrar clientes e equipamentos com segurança para ambas as partes - tanto cliente quanto estabelecimento. Isso garante controle do que foi entregue para orçamento ou reparo e organização do que está entrando, saindo ou foi entregue.
Para Razzolini Filho (2010, p.30), serviço é uma atividade ou conjunto de atividades que visa satisfazer as necessidades, expectativas e desejos dos clientes. Os serviços possuem características específicas que os diferenciam dos produtos, como intangibilidade e inseparabilidade, sendo caracterizados como adaptáveis ao cenário em que se inserem.
4.2 A Importância da Gestão de Serviços para Pequenas Empresas

Richardson (1999) destaca que a prestação de serviços oferece vantagens significativas para as organizações:

  • Agrega valor aos produtos da empresa
  • Conquista a fidelização dos clientes
  • Auxilia as estratégias de marketing das organizações
  • Fornece suporte às estratégias competitivas e mercadológicas
A padronização de processos em serviços, embora mais complexa que em produtos, pode ser facilitada através de sistemas informatizados que proporcionam conforto interno e maior confiança aos colaboradores e clientes na tomada de decisões (SPILLER, 2015).
4.3 Engenharia de Software Aplicada a Sistemas de Gestão
4.3.1 Conceitos Fundamentais

A engenharia de software está relacionada a diversos aspectos da produção de sistemas, desde o início até os detalhes finais de manutenção, encontrando-se presente em todas as áreas de produção.

(SOMMERVILLE, 2017).

Essa disciplina é capaz de criar um roteiro de implementação buscando máxima eficiência, proporcionando ao produto final controle e, principalmente, qualidade.

(GIRARDI, 2004).

Pressman e Maxim (2016) conceituam software como instruções de computador que executam funções capazes de gerar algum tipo de informação, seja virtual ou impressa. O software compõe-se de entrada (input) e saída (output), coletando dados de diversos tipos que são combinados com regras programadas para gerar resultados significativos aos usuários.

Durante o levantamento de requisitos, os requisitos de um sistema são descrições dos serviços fornecidos pelo sistema e suas restrições operacionais. Esses requisitos podem refletir necessidades dos clientes para resolver problemas específicos, como controlar processos ou gerenciar informações. O processo de descobrir, analisar, documentar e verificar serviços e restrições é chamado de engenharia de requisitos (SOMMERVILLE, 2007).

Os requisitos dividem-se em duas categorias principais:

Requisitos Funcionais: descrevem o que um sistema deve fazer, dependendo do tipo de software desenvolvido e dos usuários aos quais se destina. Quando expressos como requisitos de usuário, podem ser descritos de forma abstrata, detalhando funções, entradas e saídas do sistema (SOMMERVILLE, 2011).

Requisitos Não Funcionais: não estão diretamente relacionados às funções específicas fornecidas pelo sistema, podendo estar relacionados a propriedades emergentes como confiabilidade, tempo de resposta e espaço de armazenamento. Podem definir restrições sobre capacidades de dispositivos e representações de dados (ROSA, 2005).

4.5 Tecnologias e Plataformas de Desenvolvimento
4.5.1 Arquitetura em Camadas

A estruturação de sistemas em camadas (apresentação, lógica de negócio e acesso a dados) segue práticas consolidadas de desenvolvimento, baseando-se na separação de responsabilidades. Essa abordagem facilita a manutenção do código, o reaproveitamento de componentes e a futura evolução do sistema.

4.5.2 Plataforma .NET e C#

O framework .NET da Microsoft oferece um ambiente robusto para desenvolvimento de aplicações empresariais. A linguagem C#, integrada a este ecossistema, proporciona tipagem forte, orientação a objetos e recursos avançados para desenvolvimento de sistemas web através do ASP.NET.

4.5.3 ASP.NET para Desenvolvimento Web

O ASP.NET é uma plataforma de desenvolvimento web que permite a criação de aplicações robustas e escaláveis, oferecendo recursos avançados para desenvolvimento de sistemas empresariais, incluindo suporte nativo para bancos de dados relacionais.

4.5.4 Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados

O SQL Server é um sistema de gerenciamento de banco de dados relacional (SGBD) que permite ao usuário armazenar, manipular, atualizar e deletar informações. Essas informações devem ter significado e valor para indivíduos ou instituições, auxiliando processos gerais dos usuários (DATE, 2004).

O projeto de banco de dados utiliza três etapas principais: modelagem conceitual, lógica e física, buscando demonstrar como as informações serão armazenadas eficientemente (COSTA, 2016).

4.5.5 Ferramentas de Desenvolvimento Integrado

As IDEs (Integrated Development Environment) modernas oferecem recursos avançados como depuração, IntelliSense, integração com controle de versão e ferramentas de teste, proporcionando alta produtividade no desenvolvimento de aplicações. Essas ferramentas são essenciais para manter a qualidade e organização do código durante todo o ciclo de desenvolvimento.

4.6 Modelagem de Software
4.6.1 UML (Unified Modeling Language)
A UML tem como objetivo fornecer múltiplas visões dos sistemas para melhorar, reforçar especificações, visualizações e documentações dos requisitos de software. A UML permite sobrepor um modelo a um plano de arquitetura, auxiliando no desenvolvimento de projetos de sistema e compreendendo processos de negócio, funções do sistema e esquemas de banco de dados (GUEDES, 2009).
4.6.2 Diagramas de Caso de Uso

O diagrama de caso de uso concentra-se em atores e casos de uso. Os atores representam papéis desempenhados por usuários que utilizam serviços e funções do sistema. Os casos de uso capturam requisitos do sistema, referindo-se a serviços, tarefas ou funcionalidades identificadas como necessárias e que podem ser utilizadas pelos atores (GUEDES, 2009).

4.6.3 Diagrama de Entidade-Relacionamento (DER)

Segundo Rezende (2005), o DER tem como objetivo principal representar objetos de dados e suas relações, finalizando a representação em tabelas de dados. É uma técnica de modelagem usada em conjunto com outras técnicas de diagramação que direcionam o desenvolvimento de software e projetos de bancos de dados.

4.7 Sistemas de Gestão para Assistências Técnicas

A implementação de sistemas informatizados em assistências técnicas de pequeno porte apresenta desafios específicos relacionados à limitação de recursos e necessidade de soluções acessíveis. Cutrim (2016) destaca que empresas de informática necessitam de software específico para gerir suas atividades, proporcionando tanto gestão quanto segurança.

A digitalização de processos manuais através de sistemas web permite maior organização, controle de status de atendimento e rastreabilidade de informações, elementos essenciais para o crescimento sustentável de pequenos negócios no setor de assistência técnica.